O Ministério do Interior israelense aprovou um projeto de construção de 1,6 mil novas casas para uma colônia judia ilegal, em Jerusalém Oriental, território palestino.
A decisão israelense, anunciada na semana passada, de construir as residências em uma região que é considerada como território ocupado pela comunidade internacional foi o estopim para o início de uma pseudo crise diplomática entre os Estados Unidos e Israel e motivou uma nova onda de protestos na região.
O anuncio deixa mais explícito o grande fosso que existe entre Israel e a paz, além de uma violação flagrante dos acordos e considerações internacionais, na verdade, essa é só mais uma de tantas violações.
No dia 2 deste mês, o prefeito israelense de Jerusalém, anunciou a desapropriação de uma área residencial palestina em Jerusalém oriental, para a criação de um bairro de luxo (!!!).
Os palestinos residentes em 22 construções do bairro de Silwan já receberam ordens de despejo e notificações indicando que suas casas vão ser demolidas.
A prefeitura tem planos de transformar a região turística com restaurantes, jardins e estacionamentos. Mais uma violação.
De fato, existe um movimento para promover uma maioria judaica na cidade. O número de violações em construções registradas nos bairros judaicos é sempre superior e são emitidas menos ordens de demolição em Jerusalém Ocidental do que em Jerusalém Oriental. Palestinos em Jerusalém são menos propensos a receber a permissão de construir que os judeus, e as autoridades agem mais contra os palestinos que constroem sem licença do que contra os judeus que violam os processos de licenciamento.
Nos últimos anos, fundações judaicas privadas têm recebido permissão do governo para desenvolver projetos em terras palestinas, como no parque arqueológico Cidade de David, no bairro palestino de Silwan (citado ha algumas linhas atrás). O governo de Israel também está desapropriando terras palestinas para a construção do Muro de segregação da Cisjordânia.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira (16), em Belém, na Cisjordânia, que a decisão israelense de construir 1,6 mil casas em Jerusalém Oriental foi “um golpe” nas negociações de paz no Oriente Médio.
"Obviamente aquele foi um golpe para a retomada das negociações", disse Amorim.
0 comentários:
Postar um comentário